quarta-feira, 31 de março de 2010

Discussão sobre pólo tecnológico da UFRGS causa ojeriza em professor que manifesta todo o seu ódio pelo debate

Legítima patrulha ideológica da direita.
Veja como ela se caracteriza com detalhes neste e-mail que recebi por tabela:

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Assunto: Sobre os anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia, anti-Patentes, anti-Empreendedorismo...

Prezados colegas do Centro de Nanotecnologia, do Centro de Biotecnologia e demais:

Tomo a liberdade para fazer algumas observações, que também foram constatadas por outros colegas, sobre as recorrentes críticas anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia , anti-Patentes, anti-Empreendedoris mo e agora esta celeuma em torno do Parque Tecnológico.

Quando vindas da opinião pública, estas críticas sempre devem merecer nossa consideração e respeito. Porém, o posicionamento crítico de alguns professores Universitários, colegas nossos da UFRGS, merecem uma análise mais aprofundada e atenção para o que realmente está por trás das aparências.

Ao se examinar com cuidado o discurso destes colegas que são contra quase tudo, percebe-se má fé na argüição e propósitos pouco nobres, quais sejam: instigam a histeria coletiva e se valem da demagogia política para agitar, atrair holofotes, para a autopromoção e para ganhar projeção política. Quase sempre pregando o que nem eles mesmos acreditam, mas para conquistar apoio entre os piores funcionários e os piores alunos - muitos destes últimos se matriculam em uma única disciplina por semestre só para poder fumar pelos matagais do campus, almoçar no RU e se beneficiar de outras regalias.

Mas tomem muito cuido com estes alunos, eles não são tão inofensivos como aparentam. Por conta da manipulação dos maus professores citados, eles são mobilizados e levados a um tal estado de excitação que podem fazer qualquer coisa.

É muito triste observar o malefício enorme que estes professores estão causando à nossa Universidade e para o desenvolvimento da Biotecnologia, da Nanotecnologia e de outras áreas. Entre outras coisas, estão jogando em descrédito o importante trabalho da crítica saudável, indispensável para o bom desenvolvimento destas áreas citadas, além de estarem solapando a imagem da nossa Universidade na mídia e na sociedade. Na iniciativa privada eles não conseguem espaço, somente na Universidade pública, onde muitos deles ainda ganham um salário de Professor Titular para fazer este desserviço.

Resumindo: alguns poucos professores com posicionamento anti-Tudo o fazem como um honesto exercício crítico para contribuir com estas áreas do conhecimento; alguns outros talvez por incompetência (deles ou minha !?); mas a maioria dos colegas professores anti-Transgênicos, anti-Biotecnologia, anti-Nanotecnologia, anti-Patentes, anti-Empreendedorismo, ... fazem-no por pura má fé, péssimo hábito, interesses baixos ou por uma combinação destes.

Peço desculpas por fazer uma reclamação tão contundente. Mas espero que ela sirva para refletirmos sobre a seguinte indagação: qual ou quais mecanismos institucionais poderiam coibir estes excessos? Ou melhor, como podemos inibir a usurpação política do espaço público? Deixo a pergunta no ar.

Aproveito a oportunidade para externar o reconhecimento aos palestrantes Raquel Mauler (Secretária de Desenvolvimento Tecnológico), Flávio Wagner (Diretor do Instituto de Informática) e Carlos Eduardo Pereira (Vice-Diretor da Escola de Engenharia) pela enorme paciência e competência demonstrados na 1a Audiência Pública sobre o Parque Tecnológico da UFRGS, realizada no dia 23 de março passado.

Atenciosamente,
Tarso Kist.
Chefe do Departamento de Biofísica
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Reserve-se, enfim, o direito de opinião deste cidadão, com certeza, mas, que este também reserve o direito de resposta e análise do que ele questiona.
Como assim inibir a usurpação política do espaço público? Quem deveria estar pregando o direito à heterogeneidade de posições parece, dessa forma, defender a hegemonia de um conceito sobre todos os demais, alijando o espaço público do debate de idéias e solicitando um amém coletivo para o ideal dos iluminados que propõem aquilo que ele está defendendo (afinal, no seu texto nem dá para entender seu posicionamente, tamanho é o seu esforço de digressão e desqualificação do discurso alheio, práticas, também, características dos grupos fundamentalistas da direita que não desejam discutir suas idéias, mas, sim, a todo custo e a qualquer preço a sua aceitação irrestrita).
Triste...

Um comentário:

Anônimo disse...

(Jorge Nogueira)

Mais uma vez eu chamo a atenção dos setores progressistas de que o Parque Tecnológico da Ufrgs defendido com ardor pelos direitistas raivosos é um projeto do GOVERNO LULA!

O atual reitor da universidade é do PCdoB. Não foi por acaso que um dia após a mobilização dos estudantes a Manuela escreveu um artigo na Zero Hora defendendo esse Parque!

Isso mostra que os projetos da direita não são derrotados com o PT no governo.
Este ano haverá eleição e devemos nos lembrar disso!