quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Catarse entrevista: "Quilombo dos Silva: um marco na luta quilombola e novo paradigma para rediscutir as cidades"

Em setembro de 2009, foi titulado o primeiro quilombo urbano no Brasil. Encravado num dos bairros mais caros de Porto Alegre, o Quilombo dos Silva se tornou não apenas uma referência para a luta quilombola, mas também para o conjunto do movimento social brasileiro. Em anos de resistência, enfrentando os interesses da elite econômica, os Silva construíram uma história vitoriosa de perseverança, coragem e alteridade. Nesta entrevista com o advogado da família e integrante do Movimento Negro Unificado (MNU), Onir Araújo, ele reflete sobre a situação atual dos quilombos, denuncia as ameaças aos direitos quilombolas feitas pelos ruralistas e seus representantes políticos, revela que a titulação é um marco na reparação às injustiças contra o povo negro e que abre a possibilidade pra se rediscutir o território das cidades.

- LEIA A ENTREVISTA EM http://www.coletivocatarse.com.br/
- para aqueles que têm blogs e veículos, este é um material realizado com a licença COPYLEFT, podendo ser feita a reprodução total ou parcial do material sem prévio aviso, apenas citando a fonte. POR FAVOR, ESPALHE!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Mais Valia: no RS, o Estado está a serviço do capital comprovadamente

Família é despejada na Vila São Judas Tadeu
Porto Alegre, janeiro de 2010

Dia 14 de janeiro vai ficar marcado para uma família de peruanos que vive legalmente na Vila São Judas Tadeu, Porto Alegre, há mais de 5 anos. Com três filhos (9, 6 e 3 anos) eles foram despejados pela “justiça” e pela Brigada Militar da casa em que moravam.

Nossa comunidade é uma área pública em processo de Regularização Fundiária e reconhecida como AEIS (Área Especial de Interesse Social, ou seja, voltada para moradia) desde 2001.

O sr. Ildo Manica, que não é morador da comunidade, mantém em nossa Vila 10 casas de aluguel, uma igreja evangélica - da qual é pastor e vice-presidente - e a Serralheira Partenon (situada de frente para Av. Ipiranga) ganhou na nossa “justiça” uma ação de reintegração de posse.

Como pode, em uma área com estas características, a “justiça” dar ganho de causa para alguém que não reside na comunidade, que explora famílias pobres e ainda mantém comércios na Vila?

A família foi acolhida pelos moradores. Eles estão, provisoriamente, em uma casa cujo morador está com o filho no hospital. O pai trabalha como marceneiro e eles mantém uma banca embaixo do viaduto de pedestres do Hospital da PUC. Os filhos estão em escola pública.

A comunidade está indignada! As leis estão só no papel. Falar e escrever sobre o direito à moradia e a função social da propriedade é uma contradição diante desta ação imposta pela nossa “justiça”.

O vídeo mostra toda a ação, acompanhada de perto pelo sr. Ildo, que inclusive colocou seus funcionários a arrombarem a porta da residência com a mãe e os 3 filhos dentro. O pai estava trabalhando.


- do Blog da AMOVITA

Veranópolis amarrou o Grêmio

Grande exibição de um dos mais competentes clubes dos últimos tempos do interior do estado do Rio Grande do Sul. O treinador Gilmar Dal Pozzo armou um esquema bem consistente, com os jogadores distribuídos de uma forma que parecia o Veranópolis estar sempre com jogadores a mais em campo. "Vou contar os jogadores!", exclamou em determinado momento meu pai, que sentava ao meu lado nas sociais do Olímpico.

Anulado um meio-campo modificado nesta partida por Silas, o jeito que se desenrolou o jogo expôs definitivamente as fragilidades do novo grupo Tricolor: as laterais.
Como o pentacolor da Serra não deixou Hugo e Souza livres, Túlio entrou no time sei lá porquê (não acredito que o nosso treinador seja tão sucetível ao que a imprensa vermelha deseja fazer com o time do Grêmio, e a convicção, cadê?!) e não foi bem, restou as incesantes incursões pelos lados do campo pelos pés, principalmente, do inútil - do meio pra frente - Fábio Santos. Este jogador deve ter realizado uns 50 cruzamentos nos 3 jogos que disputou, não acertou um sequer!
Incrível.

Na minha opinião, resolvemos o problema da qualidade no meio e na frente com as contratações até o momento. Mas as laterais ainda não. Que se devolva, então, o Douglas, que se pegue estes 1,8 milhões de dólares e que se compre 2 laterais bons - o "seis" do Veranópolis jogou muito ontem.
Não é mais possível improvisar. Ferdinando vem sendo lentamente queimado jogando em uma posição que não é sua. Mário Fernandes nos renderia muito mais se fosse colocado ao lado de Réver.
De positivo, as atuações de Victor e a entrada do jovem Fernando, que movimentou o time e nos deu imposição sobre o pequeno Veranópolis.
Ah, e o camisa nove dos serranos, João Paulo, é outro que foi muito bem no jogo de ontem, deixando a torcida apreensiva quando pegava na bola, já que ninguém conseguia tirá-la de seus pés.
É preciso melhorar, mas ainda assim vejo positivamente os avanços no time.

Dá-le!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Eu gostei da estréia do Grêmio, mas a Brigada Militar estragou o espetáculo

Fui ao jogo em Pelotas.
É um belo estádio a Boca do Lobo, com capacidade bem certinha para a cidade.



Mas houve diversos problemas, muita violência, confusão.
Culpa de quem???
Única e exclusivamente da Brigada Militar.
Impressionante o despreparo, a desorganização, a impaciência e a falta de trato com as pessoas que têm os brigadianos.
Um amigaço nosso de Pelotas, que passou 4 anos na corporação, ao final do jogo e conosco presenciando cenas de barbárie perpetradas pelos policiais soltou essa: "Éramos treinados para ver a sociedade como inimiga. Quem não fosse policial era vagabundo".
Já nem perplexidade tínhamos mais ao ver as cenas insanas de espancamento que alguns brigadianos insistiam em protagonizar.
Totalmente fora de controle.
Para se ter uma idéia, este era um jogo para 20 mil pessoas (um público que representa pouco mais de 5% da população de Pelotas - ou seja, pelas proporções do local, por ser, inclusive, no Centro, um evento grande).
Estávamos em 5. Chegamos às 13h - com o jogo a começar às 17 horas -, pois precisávamos ver a possibilidade de entrar com dois Tambores de Sopapo na arquibancada e acessar o gramado para filmá-los para um projeto de documentário que estou dirigindo.
Nos mandaram ir ao quartel falar com o capitão, responsável pelo evento e que comandava a abertura dos portões da Boca do Lobo. Com o clube, conseguimos carta branca na hora. No quartel, solicitaram que retornássemos depois das 14h.
"14h?! Mas o jogo é às 17...". Bom, vai dar tempo!
A informação de que os portões abririam-se somente às 15h nos assustou e nos deixou apreensivos se conseguirímos, enfim, entrar com o material no estádio com tranquilidade e fazer as poucas imagens de que necessitávamos.
Preocupação esta totalmente confirmada quando retornamos ao quartel pelas 14:45 e o capitão não estava ainda no local. Decidimos aguardar e procurá-lo a partir das 15h no portão principal de entrada do estádio.
E lá fomos à frente do estádio, já tapada de filas que davam voltas em praças e quarteirões. 15h e nada de portões abrirem, nada de se encontrar o capitão. 15:15 e nada de portões abrirem, nada de capitão - "Ele está dando as orientações ao batalhão", nos informou um atencioso policial. 15:30 e os portões se abrem, mais 15 minutos e achamos o capitão. Ele nos liberou, mas a confusão era tremenda, o tempo era tão exíguo que se tornava impossível acessar o estádio com 2 tambores de grande porte naquele momento.
Relaxamos, compramos umas cevas e fomos para a fila para curtir o jogo.
Fui entrar no estádio com 35 minutos de bola rolando, sozinho. Meus amigos desistiram e "morremos" com 4 ingressos na mão (a grana voltou hoje).
Cagada total da Brigada Militar que deveria ter liberado o acesso ao estádio no mínimo às 14h - 13:30 seria perfeito.

O JOGO
O que assisti da partida foi um domínio total do Tricolor sobre o esforçado Pelotas.
Divirjo por completo com quem diz que o Grêmio somente se impôs quando ocorreu a primeira expulsão de um jogador adversário - pra mim essa observação é coisa de mal intencionado.
O Grêmio esteve perto de descontar ainda no primeiro tempo, mas desceu ao vestiário com a desvantagem de dois gols.
Na volta, minha grande surpresa: Silas, talvez por sua formação enquanto jogador ter ocorrido na década de 1980, retorna com um 4-3-3, retirando Henrique da lateral direita, relocando Ferdinado para aquele lado e colocando Jonas no ataque juntamente a Borges e Leandro.
Excelente leitura do jogo fez o nosso treinador.
De início, achei preocupante manter apenas um volante - Adílson - no meio, como um clássico camisa 5, um centro-médio na mais pura acepção da palavra. Mas observando que o esquema ora variava para um 3-4-3, foi possível perceber uma dinâmica que amarrou o fraco Pelotas em seu campo de defesa e permitiu amassar o adversário até virar o jogo ao natural.
Ah, e, claro, ajudou muito o fato de que Adílson fez disparado a sua melhor partida com o manto Tricolor, sendo, em minha opinião, disparado o melhor em campo.
Foi muito interessante perceber como funcionavam Souza e Hugo - outro grande destaque - na movimentação do jogo, fazendo seguidamente o pivô com Borges e abrindo o campo às subidas dos laterais.
Essa situação, inclusive, fez perceber que nossa maior fraqueza, pelo menos na amostra deste primeiro jogo, são os laterais. Fábio Santos esteve muito mal, Ferdinando melhorou o lado direito, mas nota-se que não tem o cacoete para aquela posição. Lúcio veio bem, mas, e daí destaco, sim, o maior benefício que tivemos com as expulsões, pegou um lado direito fragilizado do Pelotas.
Bom, gostei do que vi, ainda mais que, pelo meu ponto-de-vista, o Tricolor meteu 3 a 0, já que entrei após os gols do aurecerúleo.
Golaço do Borges.

Minha avaliação por jogador:
VITOR: vi o lance do primeiro gol do Pelotas pela TV. Fiquei com a impressão de que falhou. No segundo tempo, fez 2 grandes defesas e boas intervenções. Nota 7
HENRIQUE: muito lento. Nota 4
RÉVER: o Maldini dos pampas. Nota 8
RAFAEL MARQUES: o Materazzi dos pampas. Nota 7,5
FÁBIO SANTOS: irritante, errou todos os cruzamento. Nota 3
ADÍLSON: um verdadeiro leão. Tomou conta sozinho do meio campo. Correu para todos os lados, desarmou tudo o que pôde, não errou passes. Nota 10
FERDINANDO: pareceu ser um grande jogador. Jogou certinho, não errou, se movimentou muito bem pela ala direita e compôs na zaga o terceiro zagueiro permitindo variação de esquema durante o segundo tempo. Um coringa tático. Nota 8
SOUZA: vai crescer com Hugo ao seu lado, pois o piano não mais se carregará sozinho. É um jogador perigoso, mas precisa ser mais objetivo às vezes. Compôs bem o setor direito e ajudou nas trocas de passes do meio, que por vezes pareciam chatas e sem sentido, mas que abriram o caminho para os gols. Nota 7,5
HUGO: driblador, forte, foi o legítimo camisa 10. Melhor jogador do meio pra frente, abriu espaços em ambos os lados do campo e articulou muito bem as jogadas. Faltou o gol. Nota 9,5
LEANDRO: fôlego infinito, intensa movimentação, grande contratação! Nota 9
BORGES: fez muito bem o pivô. Perdeu algumas bolas bobas muito mais pela desvantagem físca, mas deu um giro perfeito no zagueiro e fez um golaço. Borges pode ser um diferencial na temporada. Nota 9,5
JONAS: perdeu um gol feito, daqueles que justifica dispensa de clube, foi um imbecil ao pegar a bola e resolver passar por cima do batedor oficial de pênaltis que era o Souza, cagou num passe no final que quase gerou um gol do Pelotas, mas movimentou bem o ataque. É um jogador mediano, de péssima finalização, 4 milhões de euros por ele seria perfeito! Nota 5
LÚCIO: excelentes passagens pela esquerda, bateu os melhores escanteios que tivemos, mas, na minha opinião, não é titular (aliás, gostaria que o Grêmio deste ano não usasse essa lógica de titulares e reservas). Nota 7,5
MAYLSON: em pouco tempo compôs bem o meio com Adílson e fez um gol. Nota 7,5

Dá-le!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Crack? E a merla? - um texto de um morador de rua

Texto de Weslley Bragé Dias
Dezembro de 2009
Porto Alegre, RS
Do blog Realidade de Rua

Uma mudança de planos

Todo mundo tá preocupado com o crack. E quando chegar a merla como em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, vai ser uma mudança de planos. Quero ver onde é que vão enfiar a camiseta de “Crack nem pensar”, musiquinha e adesivo. Para fazer fama, ouvir aplauso, a boca fala tudo, mas onde é que vão enfiar a cara, com que palavras vão contrariar as pessoas quando a merla estiver no lugar do crack?

Existem três tipos de cocaína: a mais pura é a boliviana, só tem em Alvorada. A mais ou menos é a Viviane. Tem esse nome porque Viviane foi a primeira mulher que trouxe de São Paulo para cá. Morreu aqui (Porto Alegre), assassinada. A Loira é a mais fraca, a mais misturada, pode ter o mesmo efeito que giz escolar.

Tem vários tipos de pedras também: Hulk, Cristalina, Cenourinha, Bate-Bate. A pior destas é a Bate-Bate, porque é a mais pura, feita direto quimicamente. Até em casa se faz.

Merla é a mistura da Bate-Bate com a resina da boliviana. O nome é merla, o apelido é Morte Súbita, porque a pedra vicia e mata com menos prazo. Tanto é que tem gente que fuma pedra há 12 anos e não morreu até hoje. A merla, segundo os doutores, em seis meses mata. Mas não é exatamente seis meses – é conforme o adequado andamento que a pessoa usa, a forma como usa. O efeito dura 15 menos, o triplo do efeito da pedra.

Ela pode ser usada fechada como maconha. É o “mesclado” (mistura de pedra com maconha e pó), também chamado “macaquinho”. Pode ser usada no cachimbo (ou bimbo), e aí não passa de dois meses – a pessoa se mata porque tem 90% mais efeito colateral que a própria pedra.

A merla aqui em Porto Alegre está circulando há três meses. Antes só se ouvia falar. E só não se tá num vício pior, porque não está sendo lançada no mercado como a pedra (crack). Em uma semana, a pedra aumentou 80% o uso. E agora, mais ainda. E não se sabe se não vai aumentar mais ainda.

Onde diminuir o consumo da pedra, aumenta o mercado da merla. E o que dizem é que vai ter mais índice de morte, até por acerto de conta entre quadrilhas e bocas de fumo, e pela droga mesmo, pelos peixes-grandes (patrões).

A diferença entre merla e crack é que a merla é tipo uma crosta. A merla também é um tipo de pedra, mas tem uma consistência mais como gel, gruda. A merca custa R$ 2,00 (R$ 3,00 a menos que a pedra, porque ainda está começando o consumo). A pedra (crack) custa R$ 5,00. Quando aumenta o vício, a boca de fumo aumenta o preço no mercado negro. A grama de pedra hoje chega a R$ 20,00.

Nem sempre quem vende merla e crack é a mesma pessoa, porque isso já tem envolvimento de gente grande, os traficantes costas-quentes. O traficante costa-quente é tipo um doutor que cai na cadeia e fica numa cela especial porque tem ensino superior. Vem direto deles.

Não estão vendendo ainda merla como vendem pedra. Não é assim fácil para entrar uma droga nova e sair vendendo. Tem que ter contatos do morro para lançar uma nova. Foi lançada uma parte para ver o resultado no meio dos usuários de crack e qual a reação. É inevitável: a reação é que a merla é melhor que a pedra. Não se viciaram ainda porque foi só um patinho na armadilha, para saber que a droga é mais forte que a anterior.

Crack e merla têm efeitos diferentes. O crack dá uma sensação de desconforto, a pessoa fica espiada, com medo da própria sombra. Faz ter reações incomuns, como entrar noite adentro caminhando. Tem gente que come formiga ou cascalho do chão porque acha que é crack. Tudo que vê da mesma cor, pequeno, acha que é crack e tem vontade de fumar. Chegam a queimar o dedo para raspar o cachimbo, sem sentir dor, só para fumar a resina, que é mais forte que a pedra.

A merla não deixa tão espiado, mas deixa imobilizado. Onde fumar, pára, fica, é o mesmo que dar um branco, uma lavagem cerebral. Qualquer um pode fazer o que quiser, o cara não vai dar bola. Porém, o principal efeito dela, depois de uns dois minutos, é muito pior, a pessoa pode criar um desespero próprio, sair correndo, sem ter medo de nada, tipo um amigo meu que foi atropelado. Quebrou a perna, machucou o braço. Foi só um “te liga”, para ver a reação com a outra pedra. O que mais mata em relação à pedra é chinelagem, roubar para usar.

Chamam merla de Morte Súbita porque, com o crack, a maioria das pessoas morre por ter reações de furto, roubos, desrespeito à própria família, só para usar. A merla faz a pessoa se matar. Como hoje em dia a pedra já está matando, com a merla vai ser pior, porque vai ter o aumento de morte pelo desandar da pedra, o aumento da merla e o suicídio dos usuários.

O bom é que, pelo pouco que veio no mercado, a merla ainda não foi dada nem vendida para crianças. É a única parte boa. Para impedir as pessoas de usarem só derrubando a boca de pedra e pó. Onde não tiver mais, não tem merla.

Na Câmara Municipal disseram que o crachá tem há quatro ou cinco anos. Mas está no Brasil há pelo menos 19 anos. É só botar um usuário na parede e perguntar. Não quis falar isso lá no microfone, mas tive vontade de soltar o verbo. Sei de trabalhos que olhei em livros e o acompanhamento que tenho de rua, de conversar, prestar atenção no que as pessoas falam.

Com certeza a merla pode chegar ao mesmo nível do crack, é só ela ser finalmente lançada como o crack foi. Não é uma droga nova. Em Brasília, há 13 anos, já se falava nela.

Imprensa (vermelha) doente

Essa vem do Blog Grêmio 1903:

Nunca gostei de entrar nesse debate de “imprensa vermelha”. Aliás, no outro lado, também existe o apelido “imprensa azul”. No entanto no Sala de Redação, após o e-mail lido pelo Cacaco, em claro tom de brincadeira, a respeito do “primeiro Grenal do Ano” em alusão a imprensa colorada, a indignação de seus colegas na sala mostrou como o chapéu serviu.

A atitude do Zé Alberto foi completamente deselegante e desproporcional. Muito mais digna de desconfiança é o que escreveu André Silva, da Rádio Gaúcha, pelo seu Twitter. Entre tantas asneiras, a que mais me incomodou foi esta: “estudei, paguei faculdade, assim como meus colegas pra ter de conviver e dividir espaço com esse tipo de gente.”

A frase do senhor André Silva é simplesmente lamentável e vergonhosa para a prática do jornalismo. Essa função não deveria ser, jamais, algo isolado e sem a participação de outros integrantes da sociedade. O papel fundamental da imprensa deveria ser o incentivo do debate a respeito de tudo que for de interesse público e a busca pela clareza e pela verdade.

Logo, cabe aos jornalistas lutarem ao lado daqueles que precisam de ajuda e, até mesmo, conviver com ao lado de quem não tem dinheiro para pagar faculdade e nem oportunidade para estudar. Talvez isso seja utópico na atual realidade, mas se para me tornar jornalista é preciso ser igual ao caro senhor André Silva, então prefiro abandonar meu curso de jornalismo.
(...)

- leia a íntegra do texto de Bruno Coelho clicando aqui
- o reporterzito errebeesseano André Silva mostra que o estilo Bóris Casoy de fazer "jornalismo" está disseminado

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Las artesanales de Buenos Aires

As duas primeiras.
A mesa encheu.

Las calles de Buenos Aires hablan...

Passamos pela capital da Argentina por uns dias.
Afora o calor, o que incomodou - e muito! - foi uma infestação... de turistas brasileiros!
Mal-educados, estúpidos, burros, se achando - procure um adjetivo deste nível e não errarás.
Não à toa, várias vezes os argentinos que nos atendiam estavam mal-humorados, desconfiados.
Por que isso?

Ai ai ai, Manu...

A Manu é uma amigona - e que saudades tenho dela!
Mas, bah, o que a política faz... Ela não deveria se encaixar nesta foto, com alguns dos quadrilheiros do Detran.
O que a política faz, PCdoB em reunião com a Arena: