segunda-feira, 30 de junho de 2008

Que coisinha mais horrível...

"Qual é o lado lento?" - Celso Roth, na antevéspera do Grenal.
"O do teu cérebro!" - resposta mais do que correta de quem quer que tenha um mínimo de senso futebolístico.

Sério, não dá com esse cara.
Que tipo de pretensões o Tricolor pode ter com este treinador?
Que se credite única e exclusivamente o fracasso no Grenal a Roth.
Um inventor que saca um dos articuladores do time, um rapaz que só vem crescendo jogo a jogo e coloca um jogador quanto muito medíocre, que já foi testado anteriormente e que nunca correspondeu.
William Mangolão é uma invenção midiática. Deve ter o mesmo empresário do risível Paulo Sérgio (ou o garoto Mattione é muuuuuito ruim mesmo e todo mundo está se enganando).
O fato é que Roth acabou com uma das premissas sempre utilizadas por TODOS os treinadores de futebol - como desculpa e como resposta lógica: A SEQÜÊNCIA DE JOGOS.
O time tá cheio de desfalques, vende algum jogador, entra um substituto e perde, o que diz o treinador?
"Fulano sentiu a falta de seqüência"; "Não consigo repetir o mesmo time mais de uma vez"...
Já com o time vencendo, o esquema encaixando, os jogadores parecendo que nem precisam se olhar dentro do campo para trocar passes, o que diz o treinador?
"É a seqüência de jogos. Estamos conseguindo repetir várias vezes a mesma escalação"...
E o que faz o sr. Roth no Grenal????
Tira o Rafael Carioca!
Insanamente quebra um paradigma que o próprio ajudou a consolidar e desmonta a equipe. Deixa apenas um armador no 11, facilitando a vida do adversário, que fechou o cerco em cima do Roger, e quem passou a armar as jogadas do Grêmio?
Pereirão! E tome balão...
Não, não há méritos para o interzinho.
É um time fraquíssimo, nem sombra do que era há 2 anos. As saídas de Fernandão e Iarley desqualificaram de sobremaneira o grupo e, hoje, o Grêmio é, sim, superior em quase tudo - menos na casamata (não que Tite seja um bom treinador, mas Roth é um absurdo de burro).
Daí, retome-se a pergunta: até onde vamos?
Faz horas que o time vem se escapando de tomar gols. Quem assiste aos jogos com um pouco mais de critério percebe buracos inadmissíveis em frente à zaga para quem usa um 3-5-2. Paulo Sérgio é uma avenida sem tamanho e vive levando o "um-dois" nas costas, abrindo espaço para cruzamentos dos adversários para uma área desprotegida, já que um dos zagueiros teve que sair para fazer a cobertura...
E por aí vai.
Mas, mesmo assim, o time vinha evoluindo e algumas peças encaixando - como era o caso da dupla Rafael Carioca e Roger.
Então, por que diabos fazer a mudança??? Não há explicação razoável para isso...
Se o time ficar nesse vence, empata, perde fora, é capaz do treinador permanecer, e o Tricolor ficar ali pela 7ª posição (salvo uma conjunção de fatores excepcionais - a qual torcerei com muito afinco para que aconteça - e venhamos a beliscar o título).
Já para ele ser demitido, é preciso uma seqüência grande de maus resultados, o que seria danoso e irreversível para as pretensões de qualquer posição acima da 10ª colocação.
Então, estamos em uma corda bamba sem tamanho. O lance é torcer para que os jogadores resolvam com sua inteligência e que a torcida "entre em campo", como o fez na metade do segundo tempo e exigiu que o bosta tomasse atitude para mudar a equipe.
Quem entrou?
Rafael Carioca.
Em três participações, o rapaz mostrou toda a incapacidade de Roth em analisar futebol.
Mexeu com toda a movimentação tática do jogo e deixou o meio-campo do interzinho perdido. Resultado?
Bom, não foi o que queríamos, mas foi um alívio...

Seguimos!
JAMAIS NOS MATARÃO!!!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Democracia (?)

A esquerda armada é ditadura. E a direita armada é o que mesmo?

A Guerra Fria do MP gaúcho

Seria uma caricatura, não fosse sério. Um relatório secreto do Conselho Superior do Ministério Público do Rio Grande do Sul decreta guerra ao MST, prega dissolver o movimento a bem da "segurança nacional" e define linhas de ataque ao movimento. A ata secreta de reunião no dia 3 de dezembro do ano passado revela que o Conselho constituiu uma força-tarefa para "promover uma ação civil pública com vistas à dissolução do MST e a declaração de sua ilegalidade".

A diretriz, que está sendo executada de forma articulada com a Justiça e a Brigada Militar, é a de acuar o movimento em várias frentes: proibir marchas e deslocamentos em massa dos sem terra; investigar os integrantes de acampamentos e dirigentes quanto ao uso de verbas públicas; intervir nas escolas do MST; impedir a presença de crianças e adolescentes nos acampamentos; nos assentamentos, comprovar desvios de finalidade da terra; promover investigação eleitoral "nas localidades em que se situam os acampamentos controlados pelo MST, examinando-se a existência de condutas tendentes ao desequilíbrio deliberado da situação eleitoral" e atuar para cancelar os títulos de eleitor dos assentados.

A decisão teria de ficar sob sigilo por 10 anos, mas veio a público quando foi anexada como prova de uma denúncia feita à Justiça pelo MPE contra acampados do MST em duas áreas cedidas por proprietários na proximidade da Fazenda Coqueiros - a inicial da ação esclarece que os promotores tomam essa iniciativa baseados na diretriz do Conselho.

Também foi anexado um relatório do Serviço Secreto da Brigada Militar (PM2).

A ofensiva do Ministério Público, a pronta anuência de juízes e uma rápida mobilização de efetivos da Brigada Militar montam o cenário de uma Guerra Fria particular: o MPE aciona a Justiça usando um discurso ideológico; o juiz decide em favor da preleção dos promotores; a Brigada Militar responde prontamente às ordens judiciais.

As sentenças obtidas até agora são um cerco político ao movimento: uma proíbe a manifestação política de acampados em terra do Incra; outra, de um juiz eleitoral, suspende os títulos de eleitores de acampados em Coqueiros; uma ação do MPE relativa à ocupação do horto florestal da Fazenda Barba Negra denuncia 37 integrantes da Via Campesina por dano, furto, cárcere privado, formação de quadrilha e lavagem dinheiro, inclusive pessoas que não estavam no local - um deles o líder nacional do MST, João Pedro Stédile; as escolas dos assentamentos estão sendo desativadas.

Em janeiro, uma pronta sentença do juiz, favorável a ação proposta pelo MPE - a pretexto de investigação de um furto de uma máquina fotográfica, um anel e R$ 200 - permitiu à polícia identificar os 1.200 participantes do 24º Encontro Estadual do MST. É esse o quadro: a ação articulada e rápida do MPE, da Justiça e da polícia gaúchas está cassando direitos civis e políticos de cidadãos brasileiros. Inclusive o direito ao voto.

O conteúdo ideológico dessa ofensiva está claramente estampado nos autos de processos e em documentos judiciais. A linguagem é tão contundentemente ideológica que é difícil encarar o MPE e a Justiça do Rio Grande do Sul como partes neutras de um conflito. Na inicial da ação civil pública apresentada pelos promotores Luís Felipe de Aguiar Tesheiner e Benhur Biacon Júnior, pedindo a desocupação dos dois assentamentos do MST próximos à Fazenda Coqueiros, eles rezam submissão à orientação do Conselho Superior de "dissolver" o MST e tecem um longo arrazoado sobre subversão. Definem o movimento como "uma organização revolucionária que faz da prática criminosa um meio para desestabilizar a ordem vigente"; asseveram que "já existem regiões do Brasil dominadas por grupos rebeldes"; apontam como indício de subversão "a doação de recursos por entidades estrangeiras, como a organização Cáritas, mantida pela Igreja Católica".

A peça ideológica informa que outros dois promotores estaduais fizeram um "notável serviço de inteligência" no MST, e essa arapongagem concluiu que o movimento social tinha uma "estratégia confrontacional", que seria comprovada pelo material apreendido em acampamentos: livros de Paulo Freire, Florestan Fernandes, José Martí, Che Guevara e do pedagogo russo Anton Makarenko. De acordo com os promotores, é prova de intenção de atentar contra a segurança o uso de frases como "a construção de uma nova sociedade", "poder popular" e "sufocando com força nossos opressores". Afirmam também que o MST usa de "fraseologia agressiva, abertamente inspirada em slogans dos países do antigo bloco soviético".

Como verdades, são citados dois relatórios do Serviço Secreto da Brigada Militar (PM2). Num deles, o coronel Waldir Reis Cerutti garante que o MST é financiado pelas Farc. "Análises do nosso sistema de inteligência permitem supor que o MST esteja em plena fase executiva de um arrojado plano estratégico, formulado a partir de tal 'convênio' (com a Farc), que inclui o domínio de um território em que o governo manda nada ou quase nada, e o MST e a Via Campesina, tudo ou quase tudo". A inicial da ação do MPE não cita, todavia, conclusão de inquérito da Polícia Federal, que não encontrou nenhum indício de ligação do MST ou da Via Campesina do Estado com o movimento guerrilheiro colombiano.

O MPE, a justiça e o governo gaúcho (com sua polícia) atiraram-se numa marcha da insensatez, usando perigosamente instituições democráticas para restringir o direito de associação e de manifestação política e o direito ao voto. Esse é um preço que o MST gaúcho pode pagar agora, mas o país todo paga também no futuro.

Incentivar a histeria da direita com discurso de fazer inveja aos militares que comandaram o país entre 1964 e 1985 é um caminho a ser evitado. Pode parecer simplesmente ridículo estimular ofensivas contra movimentos sociais com discursos anti-subversivos. É ridículo, de fato, mas não só isso: é igualmente perigoso.

Artigo da jornalista Maria Inês Nassif, publicado hoje no jornal Valor (de São Paulo).

Via Diário Gauche

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Editorial do Brasil de Fato

Edição 278
24.06.2008

Não tem jeito, têm que ir pra prisão

Dos nomes
Eduardo de Lima Veiga
Armando Antônio Lotti
Mário Romera
Arnaldo Buede Sleimon
Ricardo de Oliveira Silva
Gilberto Thums
Silvia Cappelli
Ivory Coelho Neto
Julia Ilenir Martins
Simone Mariano da Rocha
Juanita Rodrigues Termignone

Da qualificação
Procuradores de Justiça, membros do Egrégio Conselho Superior do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul; percebendo salários entre R$ 18 mil (iniciante) e R$ 22,1 mil (teto) – sendo que muitos deles recebem acima do teto legal estabelecido pelo Superior Tribunal Federal (STF), como acontece com cerca de 45% dos seus colegas em todo o país. Os nomes dos pais, fotos com data e impressões digitais, bem como outros dados, ainda não foram providenciados.

Dos crimes cometidos
Reuniram-se “Aos três dias do mês de dezembro de dois mil e sete, às treze horas e trinta minutos, na Sala dos Órgãos Colegiados, sita na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, número oitenta, oitavo andar – Torre Norte, em Sessão Ordinária do Egrégio Conselho Superior do Ministério Público (...) decidiu que o referido expediente tem caráter confidencial (...).” (Cf. Ata nº 1.116 do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul)

E foi nesse expediente de “caráter confidencial” que, baseando-se no Estatuto da Terra votado durante o regime civil-militar do pós-1964 e que pôs na ilegalidade as Ligas Camponesas, e arrogando-se de uma função que a Constituição não lhes confere (o que caracteriza atentando contra a Segurança Nacional), que decidiram – sempre por unanimidade:

1. “(...) designar uma equipe de Promotores de Justiça para promover ação civil pública com vistas à dissoluição do MST e a declaração de sua ilegalidade (...) e que sejam tomadas as seguintes medidas cabíveis:”
1. I. “(...) suspensão das marchas, colunas ou outros deslocamento em massa de sem-terras (...)”.
1. II. “(...) investigar os integrantes de acampamentos e da direção do MST pela prática de crime organizado (...).
1. III. “(...) investigar os integrantes de acampamentos e a direção do MST no que toca ao uso de verbas públicas e de subvenções oficiais (...)”.

2. “(...) intervenção do Ministério Público em três 'escolas' (...) para a readequação à legalidade, tanto no aspecto pedagógico quanto na estrutura de influência externa do MST (...) como apontam os investigadores (...) sejam tomadas medidas, (...) com vista à proteção da infância e juventude em relação às bases pedagógicas veiculadas nas escolas mantidas ou geridas pelo MST (...) impedir a presença de crianças e adolescentes em acampamentos e (...) deslocamentos em massa (...)”.

3. ”(...) necessidade de desativação dos acampamentos situados nas proximidades da Fazenda Coqueiros (...), bem como de todos os acampamentos que estejam sendo utilizados como 'base de operações' para invasão de propriedades (...)”

4. “(...) sejam investigados os assentamentos promovidos pelo INCRA ou pelo Estado do Rio Grande do Sul, de forma a verificar se a propriedade rural, nessas áreas, cumpre sua função social. Com essas medidas buscar-se-á assegurar o tratamento isonômico da propriedade rural (...)”.

5. “(...) realização de investigação eleitoral nas localidades em que se situam os acampamentos controlados pelo MST, examinando-se a existência de condutas tendentes ao desequilíbrio deliberado da situação eleitoral local. Constatada eventual irregularidade, sugere-se atuação para que ocorra o cancelamento do alistamento eleitoral (...)”

6. “(...) formulação de uma política oficial do Ministério Público, com discriminação de tarefas concretas, com a finalidade de proteção da legalidade no campo (...)”.

O MP fundamenta suas decisões, em relatório da Abin, baseado, entre outras fontes, na revista “Veja”.

Ou seja, os procuradores e suas fontes constituem um núcleo saudosista do terror de Estado, que buscam reerguer: entre as provas da necessidade de intervir nas escolas, o documento cita a utilização de livros de Anton Makarenko, Paulo Freire, Florestan Fernandes e Chico Mendes. Ou seja, como toda gang fascistóide, o MP gaúcho inicia a criação de um index proibitorum, uma lista de livros proibidos.

Das penas
A elaboração de listas desse tipo atentam contra a ordem democrática conquistada pelos trabalhadores e povo brasileiro e, em assim sendo, os procuradores do MP devem ser extirpados dos quadros do Estado, além de serem submetidos a punição nos termos legais, de preferência com reclusão – como dizem caber aos elementos anti-sociais, o que, aliás, configuraria a isonomia que reivindicam perseguir.

O mais grave é que, em parceria com dona Yeda Crusius, a corrupta governadora tucana do Rio Grande do Sul, as orientações do MP gaúcho já estão em prática desde o começo ano e, na terça-feira 17 de junho, 500 efetivos da Brigada Militar (PM gaúcha) invadiram dois acampamentos de sem-terras no Município de Coqueiros.

Provado que agem a serviço dos interesses dos grandes proprietários de terra (incluída a Aracruz, a Bunge e outras transnacionais), certamente esses procuradores poderão ser enquadrados e punidos por formação de quadrilha. Outro ponto a ser investigado são os salários dos senhores procuradores, se de fato extrapolam o limite legal estabelecido pelo STF, e quais os expedientes (também de “caráter confidencial”?) utilizados para tanto. (Ler págs. 6 e 7)

Brasil de Fato - http://www.brasildefato.com.br

Não dá para ignorar. O que o jornal e a TV não dizem, a internet oferece.

Retirado da Agência Subverta!



Esse é um vídeo de protesto com registros da repressão policial truculenta na marcha de movimentos sociais contra o preço do alimento e as atuais políticas da governadora, em Porto Alegre, no 11 de junho; do ato público dos movimentos sociais no 19 de junho, em Porto Alegre, com coro de Fora Yeda!; da ação pistoleira da Brigada Militar, durante ocupação popular da transnacional Bunge em Passo Fundo, no 10 de junho; do despejo nunca visto de acampados de terras regulares em Coqueiros do Sul, com imagens do dia posterior à febril falta de humanidade de procuradores, juízes e soldados fortemente armados, no 18 de junho; e umas perguntas ao coronel Mendes, com críticas ao seu trabalho que muito agrada à governadora de criminalização do MST.

Mas a maioria da população é inerte a esses acontecimentos. O racha ideológico no Estado e a supremacia de comunicação de massa da classe reacionária é sustentado pelo espírito da grana. Quem não tem ou não está correndo loucamente atrás é visivelmente inimigo, e para inimigo se considera qualquer desqualificação tosca como vagabundo, baderneiro, vândalo, terrorista, radical, bandido e pobre, antes de mais nada. A crítica ao MST praticamente não existe, porque o que a ponta-de-lança de manobra Zero Hora escreve e a repercussão que cria não é sobre o MST, é sobre a o "MSTdeles" - as coisas ali naquele jornal são só ataques. Mas quem sente a bala no lombo não esquece. E segue com fé na luta coletiva e na agricultura camponesa.

terça-feira, 24 de junho de 2008

4 x R.E.M.

Sem dúvida, para nós, a melhor banda da atualidade.
Seus clipes são verdadeiras obras-de-arte.
Confira uma a um com atenção.

BAD DAY


LOSING MY RELIGION


EVERYBODY HURTS


DAYSLEEPER

Fallen Hair

Depois de mais de 4 anos, foram-se minhas longas madeixas...

domingo, 22 de junho de 2008

Não tenho dinheiro. Tenho vida!

O primeiro vídeo é a lindíssima Nina Simone cantando Ain´t got no...i´ve got life. O segundo vídeo é a música no musical Hair - vale a pena ver.


Ain't got no home, ain't got no shoes
Não tenho lar, não tenho sapatos
Ain't got no money, ain't got no class
Não tenho dinheiro, não tenho classe
Ain't got no skirts, ain't got no sweater
Não tenho saias, não tenho casaco
Ain't got no perfume, ain't got no beer
Não tenho perfume, não tenho cerveja
Ain't got no man
Não tenho homem

Ain't got no mother, ain't got no culture
Não tenho mãe, não tenho cultura
Ain't got no friends, ain't got no schooling
Não tenho amigos, não tenho escolaridade
Ain't got no love, ain't got no name
Não tenho amor, não tenho nome
Ain't got no ticket, ain't got no token
Não tenho ingresso, não tenho ficha
Ain't got no God
Não tenho Deus

What have I got?
E o que eu tenho?
Why am I alive anyway?
Porque estou viva afinal?
Yeah, what have I got?
E o que eu tenho?
Nobody can take away
Ninguém pode levar embora



I got my hair, I got my head
Tenho meu cabelo, tenho minha cabeça
I got my brains, I got my ears
Tenho meu cérebro, tenho minhas orelhas
I got my eyes, I got my nose
Tenho meus olhos, tenho meu nariz
I got my mouth, I got my smile
Tenho minha boca, tenho meu soriso
I got my tongue, I got my chin
Tenho minha língua, tenho meu queixo
I got my neck, I got my boobs
Tenho meu pescoço, tenho meus seios

I got my heart, I got my soul
Tenho meu coração, tenho minha alma
I got my back, I got my sex
Tenho minhas costas, tenho meu sexo
I got my arms, I got my hands
Tenho meus braços, tenho minhas mãos
I got my fingers, Got my legs
Tenho meus dedos, tenho minhas pernas
I got my feet, I got my toes
Tenho meu pé, tenho meus dedos
I got my liver, Got my blood
Tenho meu fígado, tenho meu sangue



I've got life , I've got my freedom
Tenho minha vida, tenho minha liberdade
I've got the life
Eu tenho a vida

And I'm gonna keep it
E eu vou preservar isso
I've got the life
Eu tenho a vida
And nobody's gonna take it away
E ninguém vai me tirar isso
I've got the life
Eu tenho a vida

sábado, 21 de junho de 2008



de Rafael Corrêa. Tem um monte de coisa boa no baú do Vespo. Dá uma vasculhada lá!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

E aí?!


Será que não tem policial que olhe e pense:

- Puta que pariu! Olha a merda que a gente tá fazendo!





Foto tirada do Diário Gauche

Desativando o "autoplay"

Navegando pelo blog de um camarada (Delírio do Cotidiano), deparo-me com o seguinte texto:


GOSTO MUSICAL É IGUAL A CU!

Assim como o famoso orifício de saída (e entrada para alguns), gosto musical é único, CADA UM TEM O SEU.
Cada vez mais sites, blog, fotologs e afins estão colocando aqueles malditos players embutidos em suas páginas, então quando tu entra, já sai tocando uma música qualquer e tu tem que sair catando onde esta o maldito player e o botão do Stop.
Eu trabalho no computador escutando música, e uma coisa importante é que trabalho escutando músicas que agradam ao MEU gosto.
Quando saio a fazer "visitas" nas páginas alheias, normalmente abro vários links em "abas" diferentes no Firefox, e é ai começam os meus problemas...
Como tenho a mania de abrir vários links ao mesmo tempo para depois sair lendo, abro todos em abas e depois vou indo em cada uma para ler, mas ultimamente várias músicas tem começado a tocar ao mesmo tempo, somando-se a música que já esta tocando no meu computador, ai eu tenho que passar de aba em aba procurando onde esta o player que esta gritando em meus ouvidos. As vezes demoro para achar e já me canso, então vou fechando as abas abertas até identificar a que estava com som, e nesta eu já não volto, pelo menos naquele dia...
Alguns que visito com frequência eu já sei o local do player, então fica fácil, mas aumentou meu "trabalho" para a visita...
Antes eu digitava o endereço e lia, agora digito o endereço, procuro o player para clicar em stop e depois leio.
Nunca gostei de coisas que acontecem automaticamente quando se entra na página, além de demorar mais para carregar, se tu não esta com os fones de ouvido no computador, chama a atenção da sala inteira.
Então meu caro amigo, minha cara amiga, guarde o seu gosto musical para você, e me deixe navegar por ai escutando as minhas músicas tranquilo...


Pois bem!
Está desativado o autoplay do last fm do Alma da Geral até segunda ordem!
E inauguramos, então, uma enquete para ver se é isso mesmo, ou se o pessoal gosta de abrir o blog e deixar rolando o som.
Se a maioria dos 15 leitores do blog decidir, volta o autoplay, e o Rica vai ter que se virar procurando o stop...

A VEJA e o meu pai - por Roberto Efrem Filho

Hoje, dia 10 de junho do ano de 2008, foi o dia em que meu pai cancelou a renovação da Revista VEJA. É bem verdade que há fatos históricos um tanto quanto mais importantes e você deve estar se perguntando “o que cargas d’água eu tenho a ver com isso?”. Não é nenhuma tomada de Constantinopla, queda da Bastilha ou vitória da Baia dos Porcos. É um ato de pequenas dimensões objetivas, realizado no espaço particular de uma família de classe média brasileira, sem relevantes conseqüências materiais para as finanças da Editora Abril, sem repercussões no latifúndio midiático nacional. A função deste texto, portanto, é a de provar que meu pai é um herói.

A Revista VEJA se diz assim: ”indispensável ao país que queremos ser”. Começa e termina com propagandas cujo público alvo é a classe média e, nela, claro, meu pai. Banco Bradesco, Hyundai, H. Stern. Pajero, Banco Real, Mizuno. Peugeot, Aracruz, Nokia. Por certo, a classe média – inclusive meu pai – dificilmente terá acesso à grande parte dos bens expostos na vitrine de papel. Não importa. Mais do que o produto, a VEJA vende o anseio por seu consumo. Melhor: credita em seu público-alvo, a despeito de quaisquer probabilidades, a idéia de que ele, um dia, chegará lá.

Logo no comecinho, na terceira e quarta folhas, estão as páginas amarelas da Revista. Nelas, acham-se as entrevistas com personalidades tidas como renomadas e com muito a dizer ao país. Esta semana a VEJA apresenta as opiniões de Patrick Michaels (?), climatologista norte-americano que afirma a inexistência de motivos para temores com o aquecimento global. Na semana passada, deu-se voz ao “jovem herói” Yon Goicoechea (?), um “líder” estudantil venezuelano oposicionista de Chávez e defensor da tese de que a ideologia deve ser afastada para que a liberdade seja conquistada contra o regime “ditatorial” chavista.

Não. Não é que a VEJA não conheça o aumento dos níveis dos mares, dos números de casos de câncer de pele, do desmatamento da Amazônia, da escassez da água e dos recursos naturais como um todo e de suas conseqüências na produção mundial de alimentos. Sim, ela conhece. Não. Não é que ela não saiba que um estudante não representa sozinho o posicionamento democrático de uma nação e que um governo legitimamente eleito não pode ser chamado de totalitário. Sim, ela sabe. Do mesmo modo que conhece e sabe da existência de diferentes opiniões (ideológicas, como tudo) sobre ambos os assuntos e não as manifesta. Acontece que isso ela também vende: o silêncio sobre o que não é lucrativo pronunciar.

Do meio pro final da Revista estão os casos de corrupção. Esta é a parte do “que vergonha, meu filho, quando isso vai parar?” dito pelo meu pai, com decepção na voz. A VEJA desenvolve um movimento interessante de despolitização nesse debate. Ela veste o figurino do combatente primeiro da corrupção, aquele sujeito que desvendará as artimanhas, denunciará os ladrões e revelará “a” verdade, única, inabalável. Com isso, a VEJA confere centralidade à corrupção no debate político, transformando a política em caso de polícia e escondendo o fato de que o seu próprio exercício policialesco é inerentemente político.

No fim, “todo político é ladrão” – menos os do PSDB, claro, todos “intelectuais” -, “política não presta”, o que presta mesmo é a Revista VEJA. A Revista é ainda permeada por textos de cronistas e colunistas. Estão, entre seus autores, Cláudio de Moura Castro, Lya Luft e Roberto Pompeu de Toledo. Todos dignos do título de “cidadão de bem”, conscientes e responsáveis. Evidentemente, todos de posicionamentos um tanto moralistas e um tanto conservadores. Difere-se deles Diogo Mainardi. Este, conhecido por chamar o Presidente da República de “minha anta” e por sua irreverência desrespeitosa e direitista, escancara a alma da VEJA. Mas não se engane. Não é Mainardi o perigo. São os outros.

Foram eles que meu pai um dia leu com respeito e é aquela auto-imagem que a VEJA quer – como tudo – vender. Sem dúvida a Revista VEJA é ainda mais que isso. Suas estratégias de persuasão vão muito além dos limites deste breve texto. Afinal, é ela a revista mais lida no país, parte significativa de um império da concentração do poder de informar. Seja nas suas “frases da semana”, nas quais há de costume as fotografias de uma mulher bonita dizendo bobagem e de um homem-autoridade falando coisa inteligente e importante, seja no fetiche da citação “eu li na VEJA”, faz-se ela um dos mais eficazes instrumentos de convencimento a favor da classe dominante.

Meu pai, por sua vez, é um trabalhador. Casado com Fátima, minha mãe, e pai também de Rafael, criou seus filhos com princípios que ele preserva como inalienáveis. Já votou no PT. Já votou no PSDB e mesmo no PFL (“porque foi o jeito, meu filho!”). Opõe-se a qualquer tipo de ditadura (conceito no qual incluía até pouco tempo o governo de Chávez: coisas da VEJA). Já se disse socialista, na juventude. É praticante da doutrina espírita desde menino. Discorda de mim em milhares de coisas. Concorda noutras. É um bom e sonhador homem com quem eu quero sempre parecer.

Hoje, ele cancelou a renovação da Revista VEJA, aquilo que para ele já foi seu meio de conhecimento do mundo, depois de chamar de “idiota” a entrevista daquele herói das páginas amarelas sobre o qual falei acima. Antes, havia criticado fortemente um artigo de Reinaldo Azevedo publicado na Revista, em que Azevedo falava atrocidades sobre Paulo Freire: “meu filho, veja que besteira esse homem está dizendo sobre Paulo Freire”.

Hoje, ele operou uma mudança nesta realidade tão acostumada à perpetuação do estabelecido. Hoje, para o mundo, como em todos os dias da minha vida para mim, meu pai é um herói.

Roberto Efrem Filho é mestrando em direito pela UFPE e filho de Roberto Efrem, a quem dedica este artigo.
via Diário Gauche

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Polícia (ideológica) para quem precisa!

Quem são os despejados ilegalmente, com falsa e falha argumentação jurídica, de terras em Coqueiros?
Assista a este vídeo, como são "ameaçadores" estes sem-terra...


ACAMPADOS
em Coqueiros do Sul
Produção da Catarse



NÃO DEIXE DE LER O RS URGENTE E O DIÁRIO GAUCHE SOBRE O TEMA!

Crianças em Cuba






E, em homenagem ao aniversário do Che Guevara (14/06/28). Cantada por Henrique. Hasta siempre comandante!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cel. Mendes é o guardião de um governo em queda

Retirado de Agência Subverta!. Acessa lá, tem mais informação.

Vídeo-registro do Coletivo Martin Fierro, sempre presente na luta. Equipe de primeira catiguria. Fica claro ali a mentira da imprensa de que os manifestantes teriam derrubado a cerca do supermercado Nacional para protestar. Na verdade, a BM cercou a manifestação, conseguiu dividi-la em 2 grupos e depois encurralou um desses grupos contra a cerca, que foi derrubada para fugir das porradas. Essa é a única informação que surgiu, por parte do governo, para categorizar a manifestação como "baderna com depredação". Eles estão mentindo à população.

De quem é essa luta?

Aí embaixo segue um texto divulgado pelo MST fundamentando ocupações em áreas como a da Votorantim, na manhã da quarta-feira, dia 11. É só se informar um pouco. Me parece evidente que estamos vivendo um baita momento de crise, de guerra social e de classes. O governo estadual escolheu o seu lado: o do latifúndio, do rico, das mega corporações, do sucateamento do estado, da corrupção e da violência. Colocou sua polícia ideológica para bater em trabalhador nas ruas. Ta aí, pra quem quiser ver.



A informação é uma ferramenta poderosa que afasta as pessoas da burrice. Estamos na era da internet, quem não chega perto da verdade é porque escolhe a ignorância. Por mim tudo bem. Mas, por favor, não ajude a dissipar as mentiras que a "grande" mídia espalha e achar um absurdo a minha posição de apoio a esses movimentos sociais.

*Os grifos são meus

AGRICULTORES OCUPAM ÁREAS DA VOTORANTIM CONTRA EUCALIPTO

Cerca de 500 agricultores e sem terra ocuparam na manhã desta quarta-feira
(11) duas áreas da empresa Votorantim nas cidades de Erval do Sul e Piratini, no Sul do Rio Grande do Sul. Em Erval do Sul, 200 pessoas estão no local, que já conta com o monitoramento da Brigada Militar. Em Piratini, 300 agricultores ocuparam a Fazenda Santa Maria, que fica ao lado de um assentamento.

As famílias denunciam o avanço da monocultura do eucalipto e da acácia na região Sul gaúcha. Além da degradação ambiental, as monoculturas que se instalam na região vem prejudicando pequenos agricultores e assentados com o ressecamento de córregos e do desequilíbrio ambiental. As famílias também denunciam a empresa Votorantim, que com promessas de emprego e de renda ao agricultor implementa na região, com ajuda de órgãos do governo do RS, o Programa Poupança Florestal, em que o agricultor e o assentado destinam boa parte de sua propriedade para o plantio de eucalipto e pínus.
Para as famílias, o programa de governo deveria ser o incentivo à produção de comida (o que não acontece hoje) e não à produção de matéria-prima para exportação.

Em Porto Alegre, cerca de 1,2 mil trabalhadores rurais e urbanos realizam uma marcha até o Palácio Piratini para denuciar a política do governo do RS de corte aos serviços básicos do Estado (como saúde e educação) e não de incentivo às transnacionais, em especial às papeleiras. Os trabalhadores exigem que o governo invista em políticas que geram renda e emprego e desenvolvam a população gaúcha e não que priorize os interesses das empresas, sejam estrangeiras ou de capital estrangeiro.


JORNADA DE LUTA
A Jornada Nacional de Lutas Contra o Agronegócio e as Transnacionais protesta contra o atual modelo de desenvolvimento adotado no Brasil. Este modelo, baseado no capital estrangeiro e nas transnacionais (empresas estrangeiras), principalmente dos setores de celulose, agronegócio e energia, tem levado o povo brasileiro ao empobrecimento.O principal malefício deste modelo está representando hoje na dita crise do alimento, que afeta todo o mundo, principalmente os países mais pobres.

As transnacionais que detêm as sementes e controlam a exportação dos alimentos, juntamente com produtores do agronegócio, têm estocado a produção a fim de aumentar o preço dos alimentos no mercado internacional.No Brasil, apenas quatro transnacionais, a Cargill, ADM, Bunge e Louis Dreyfus exportam 60% do que é produzido no país. No Rio Grande do Sul, ocorre hoje a substituição da produção de alimentos por monoculturas, principalmente a de pínus e eucalipto, voltada à produção de matéria-prima para exportação.

Como conseqüência, a comida chega muito cara ao supermercado e à mesa do povo. Pesquisa do DIEESE mostra que o brasileiro gastou 111 horas e 8 minutos (duas semanas e meia) de trabalho em Maio somente para comprar a cesta básica. Os agricultores também são duramente afetados, já que as mesmas transnacionais, juntamente com a Syngenta e a Monsanto, controlam as sementes, os adubos e os agrotóxicos. Assim, elas conseguem determinar o preço dos insumos e da produção que será vendida pelo agricultor.

O QUE OS TRABALHADORES DEFENDEM
Os trabalhadores do campo e da cidade defendem um novo modelo de desenvolvimento, baseado no enriquecimento do povo e na construção da soberania alimentar e nacional do Brasil. Para isso, os trabalhadores defendem mais investimentos à agricultura camponesa, reforma agrária ampla com investimento em infra-estrutura, produção e assistência técnica em assentamentos, redução da jornada de trabalho de 44h para 40h sem a redução do salário do trabalhador, redução da cobrança abusiva da energia elétrica à população e substituição do atual modelo energético por produção de energia alternativa, que é mais barata e menos impactante.

No RS, os manifestantes querem o fim da atual política neoliberal da governadora Yeda Crusius, que tem beneficiado somente as empresas de celulose com incentivos fiscais e o agronegócio, sem investir na agricultura camponesa e na reforma agrária. Querem o fim dos incentivos à monocultura do pínus e do eucalipto e para as empresas Aracruz, Votorantim e Stora Enso, mais investimentos nas políticas sociais e fim de políticas neoliberais adotadas como a enturmação e a não-realização de concurso público de professor e servidor para as escolas públicas gaúchas, salários baixos, sucateamento da UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul); não à prorrogação dos pedágios e à criação de novas quatro praças com o Programa Dulica RS; e fim da repressão policial às manifestações dos trabalhadores.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pior que a ditadura?


Dezessete feridos em ato contra a corrupção no governo Yeda

Dezessete feridos e doze trabalhadores presos. Este foi o resultado da ação da Brigada Militar, comandada pelo Coronel Paulo Mendes , para impedir os protestos contra a corrupção do Governo Yeda Crusius.

Os conflitos se iniciaram pela manhã quando a Via Campesina, o Movimento de Trabalhadores Desempregados, estudantes e sindicalistas iniciaram uma caminhada em direção ao Palácio Piratini, sede do governo. No trajeto, os manifestantes iriam protestar pacificamente contra a alta dos alimentos no supermercado Nacional, do grupo Wal-Mart. A manifestação foi reprimida com balas de borracha, bombas e gases lacrimogênio e pimenta. Mais tarde, quando tentaram reiniciar a marcha, os trabalhadores foram novamente impedidos de caminhar e agredidos pela Brigada Militar.

Os principais ferimentos são de balas de borracha, mas um agricultor teve o braço quebrado.

A Governadora e o alto escalão do governo são investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por desvios de recursos de órgãos públicos para o financiamento de campanha eleitoral. Além do dinheiro de corrupção, a campanha eleitoral de Yeda Crusius foi financiada por empresas papeleiras como Stora Enso e Aracruz, pelo Banco Itaú e pela Bolsa de Valores de São Paulo.
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E mais, a Yeda deu uma declaração dizendo que "aprovou a atuação da Brigada Militar".

Leia e veja mais sobre as irresponsabilidades do governo Yeda em: Diário Gauche, RS Urgente, La Vieja Bruja, Dialógico,ACARAPUÇA...Não dá pra ficar só lendo assessoria de imprensa do governo.

Se liga

A rádio está transmitindo que o MST invadiu e depredou um supermercado do Wallmart protestando contra a Polícia Militar.

MST: Olha lá a Polícia! Vamos invadir e quebrar o supermercado!

A Yoda não disse que "o agravamento da crise em seu governo e o povo nas ruas pedindo o fim da corrupção é culpa da Polícia Federal e dos movimentos sociais"? - leia mais em RS Urgente - Aí depois que estoura a merda toda, nos dias seguintes, aparece uma guerra nas ruas de MST x Brigada Militar? Isso é pra desafiar a inteligência das pessoas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

V Ranking Alma do Brasileirão 2008

Esta quinta rodada foi interessante porque demonstrou que futebol se ganha na bola, não nas páginas de jornais ou nas vozes de cronistas torcedores que se escondem por detrás do véu da imparcialidade.
Os dois times mais marqueteiros do ano, interzinho e Palmeiras, despencam a cada rodada. Semana após semana, torrentes de justificativas e de desculpas acompanhavam as análises.
Agora, parece que o bom senso tornou-se a última coisa a restar e as pessoas começam a perceber que letra e garganta não fazem gol.
Outro destaque vai para a "estréia" do São Paulo, que já é segundo no Ranking Alma.
O nosso Tricolor também se recuperou do desastre no São Januário.
Este é um ano que promete um campeonato bem movimentado, mesmo.
E minha aposta para vencer volta a ser o Flamengo, infelizmente...

Resultados da 5ª rodada:
São Paulo 5 x 1 Atlético-MG
Flamengo 5 x 0 Figueirense
Ipatinga 0 x 0 Náutico
Atlético-PR 5 x 0 Goiás
Grêmio 2 x 1 Fluminense
Sport 2 x 0 Palmeiras
Portuguesa 3 x 1 interzinho
Vitória 1 x 0 Santos
Cruzeiro 1 x 0 Vasco
Botafogo 2 x 1 Coritiba


V Ranking Alma do Brasileirão 2008

POS
TIME
VAR
COMENTÁRIO
Flamengo=O Caio Jr. é um baita treinador. Na minha opinião, o Grêmio deveria ter tentado ele. Agora, caminha forte ao título do campeonato deste ano no comando do Flamengo - a não ser que a janela do meio ano não acabe com o time dos cariocas, o que costuma acontecer, já que adoram vender jogadores...
São Paulo+2Estreou no Brasileirão nessa rodada. Goleada irreparável sobre o galinho - vai incomodar.
Cruzeiro-1Venceu num dos erros mais bisonhos de arbitragem que já presenciei. Só assim conseguiu passar pelo fraquíssimo Vasco. Já demonstra uma certa fragilidade e é outro clube que costuma se desmontar no meio do ano.
Grêmio+32 a 1 sobre o finalista da Libertadores, no seu primeiro jogo com titulares. Só não foi mais porque a arbitragem meteu muuuuuito a mão. Incrível, segundo jogo contra cariocas no Olímpico, segundo jogo com sérios problemas no apito.
Vasco=Por mais que eu adore ver o Eurico Miranda perder roubado, não dá para derrubar o time nenhuma posição neste ranking.
Sport+42 a 0, com os reservas, no freguês Palmeiras. Apostaria, caso nada de muito drástico aconteça com a formação da equipe, nos pernambucanos na Libertadores ano que vem.
Náutico-4Outro pernambucano que segue firme neste início de certame. Mas empatar com o Ipatinga, pra mim, mesmo fora de casa, ainda significa escorregão.
Botafogo+5Sobe bastante porque os outros caíram, porque o pênalti que deu a vitória sobre o Coritiba foi pra lá de duvidoso...
Atlético-PR+65 a 0 no pior time do certame, será que sopram ventos mais fortes?
10ºCoritiba-4Caiu 4 posições muito mais pelos saltos de Atlético-PR, Botafogo e Sport do que pela derrota de 2 a 1 no Engenhão.
11ºPortuguesa+6Outro time que se beneficia de quedas vertiginosas para subir no Ranking Alma. Mesmo assim, sigo apostando no rebaixamento da Lusa.
12ºVitória+6Goleada, derrota pro Ipatinga, vitória sobre o Santos... A montanha-russa do Brasileirão até o momento.
13ºIpatinga+1Mas que tal! 13º...
14ºAtlético-MG-6Tá braba a coisa do galinho. Time muito fraco, vai disputar a ponta de baixo da tabela.
15ºPalmeiras-4A auto-suficiência do futebol paulista desmorona com seu campeão, cantado de verso e prosa como o favoritaço ao título brasileiro de 2008. Digo mais, vai ficar na faixa do 8º ao 13º lugar. Bem feito para Diego Souza, que optou pelo Palmeiras em detrimento ao Grêmio com a argumentação de que trabalhar com Luxemburgo seria uma vantagem muito grande.
16ºinterzinho-7Nossa. A coisa parece que não vai muito bem no clube do melhor grupo do planetafifamundodubaicup...
17ºSantos-5Que será do Santos? Se Cléber sair no meio do ano - ao que tudo indica - sobrará o quê? Kleber Pereira e mais 10...
18ºFluminense+1Sobe uma porque os outros dois aqui de baixo fizeram muita força pra beirar o precipício. Precisa ainda estrear no campeonato, veio a Porto Alegre de sangue doce.
19ºFigueirense+1Será que este ano vai vencer as duas do Tricolor? Tá mal a nossa touca, também pudera, seus principais jogadores são Rodrigo Fabri e Cleiton Xavier...
20ºGoiás-4Só o que faltava vencer o Grêmio no sábado! Tá mais do que na hora de cair este tabu de não perder para o Tricolor no Serra Dourada há tempos!
Legenda:
POS - posição
VAR - variação da colocação do time em comparação com o ranking anterior


As escaladas da semana:
Atlético-PR, Vitória e Portuguesa +6 e Botafogo +5
As quedas livres da semana:
interzinho -7 e Atlético-MG -6
Palpites da semana:
Campeão - Flamengo
Rebaixamento - Ipatinga, Goiás, Portuguesa e Figueirense

Podridão do goverlixo

Quem está acompanhando as informações primárias ligadas à CPI do Detran - ou seja, quem tem assistido aos depoimentos diretamente na TV Assembléia - percebe nitidamente o desespero que toma conta daqueles que por muito tempo encobertaram as falcatruas.
Hoje, aflora todo o lixo da direita guasca - o autoritarismo, o pouco caso, a insolência, o afrontamento ao Estado Democrático de Direito...
Busatto se desequilibrou, não está respondendo absolutamente nada com coerência. Procura ser liso, mas, quando pêgo na contradição, solta os cachorros para todos os lados, baba de raiva.
Mas aqui não nos aprofundaremos no tema, não.
O certo seria que todos assistissem às sessões da CPI diretamente na TV Assembléia, que não apenas lêssem a interpretação daqueles que escrevem nos grandes jornais e que têm o rabo tão preso quanto aqueles que hoje se vêem contra a parede pela Justiça e pelos processos administrativos no Legislativo gaudério.
Mas se o tempo não se fez generoso, porque as pessoas trabalham, fazem o indisénsável para viver durante as tardes de CPI, sugerimos a irreparável cobertura que o RS Urgente tem feito dos casos.
Leia TUDO com muita atenção.
E para quem quer um pouco de acidez da opinião de quem também analisa por um viés contra-hegemônico, sugerimos o Diário Gauche.
Vá lá, clique e não se aliene.
Aqui, as futilidades do nosso futebol na seqüência...